©CAROLINA KASTING, Corpo-memória, 2024, pintura gestual, serigráfica sobre papel vinílico, 150x100cm e 60x60cm

Corpo-memória

Corpo-memória resulta dos vestígios do gesto no espaço-entre pintura, gravura e a transitoriedade da imagem. As ações performativas da artista em superfície de papel vinílico, primeiramente, deixam vestígios da imagem corpórea por alguns segundos na retina do espectador, depois, ao introduzir a tinta, o corpo passa a gravar na superfície os vestígios do movimento, que é eternizado na tela. Esta pintura tem características que remetem às mais primitivas manifestações da subjetividade humana, como as pinturas rupestres do período paleolítico, embora aqui, o movimento em improviso materialize a abstração do instante sem objetivo de representação figurativa.

O público participa do processo de construção da pintura como observador dos sucessivos gestos propostos livremente pela artista e a intersecção dos meios acontece nesta performatividade da obra, que tem no instante e seus vestígios, aquilo que foi e já não é mais, material para sua concepção. Corpo-memória propõe uma dialética entre fotografia e pintura, ao eternizar o gesto em imagem-pictórica.

Vídeo registro da performance realizada em 2 de fevereiro de 2024 na Galeria Anita Schwartz. RJ

©CAROLINA KASTING, É, Sou, Somos, 2022, performance, vídeo registro, em 19 de novembro de 2022, na Galeria Almeida Prado, São Paulo, Mortalha, objeto textil que se originou da performance É, Sou, Somos, meia calça, lã natural de merino e argila.

É, Sou, Somos

Performance apresentada na abertura da mostra individual Corpo: Território Poético, com curadoria de Ana Carolina Ralston, na galeria Almeida Prado, traz o conceito de interseccionalidade das peles, das diferenças, barro e lã, natureza e humano, poesia e ação, para romper com o movimento perverso de apagamento das mulheres pelo sistema patriarcal heteronormativo. Produzir subjetividade particular para que a narrativa em nossos corpos, amplie as margens periféricas que habitamos, La Nuestra América, Abya Yala. Essa performance é dedicada às mulheres que me inspiram Francesca Gargallo Celentani, Lélia Gonzales, Silvia Rivera Cusicanqui, Gloria Anzaldúa, proponho dar continuidade ao pensamento feminista decolonial na ação performática.

©CAROLINA KASTING, Impermanência ou Desmoldar, 2021, performance realizada na abertura da exposição individual Quando a Sutileza é Mais Forte, no Espaço Cultural Correios, Niterói, vídeo registro de 18.09.2021, duração 20:48, crédito Alessandra e Frederico

Impermanência ou Desmoldar

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